Muito cuidado na hora de consumir ou comprar azeite de oliva. Infelizmente a fraude ocorre muito no Brasil e as pesquisas desenvolvidas pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA) e Unicamp mostram que o produto fraudado além de prejudicar o consumidor financeiramente, também traz prejuízos para a saúde.
As ocorrências de fraude
Em outubro de 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento suspendeu a comercialização de 33 marcas de azeite de oliva em razão de adulterações nos produtos. A fraude mais frequente é a mistura com óleo de soja e óleos de origem desconhecida.
Em outubro de 2020, agora em São Paulo, novamente determinadas marcas são apreendidas. https://veja.abril.com.br/blog/radar/esquema-falsificava-azeite-de-oliva-portugues-em-sp-veja-rotulos.
A fiscalização
Embora o Mapa e os órgãos de fiscalização sejam bastante atuantes as pessoas que comercializam esses produtos atuam no submundo. Não são empresas conhecidas e com endereço certo. E só conseguem distribuir seus produtos através de atacadistas, mercados, restaurantes e outros pontos de venda que buscam apenas o preço baixo sem preocupação com qualidade e a saúde de seus clientes.
Esse tipo de produto, pelo baixo preço, é encontrado nas cidades do interior. Mas também é muito fácil de encontrar na cozinha dos restaurantes e até mesmo nas mesas de restaurantes populares, tipo self-service, mesmo nas grandes cidades.
Segundo a pesquisadora da APTA da Unicamp, Edna Bertoncini, que coordena o Oliva SP, a principal dica para os consumidores identificar a fraude e a qualidade dos azeites é por meio da realização de análises sensoriais. “O consumidor precisa aprender a degustar o produto. Com técnicas simples ele descobre com facilidade os produtos fraudados”, afirma.
Confira algumas dicas na hora de comprar e consumir azeite de oliva
Antes da compra:
– Desconfie de produtos muito baratos. Um litro de azeite extravirgem produzido na Europa custa de 3 a 10 euros, ou seja, de R$ 18 a R$ 50 (sem considerar as taxas de importação e lucro do importador e revendedor). Produtos importados da Europa, e vendidos no Brasil com preço abaixo disso, podem não ter a qualidade esperada. Os azeites da América do Sul podem chegar a preços menores no mercado brasileiro, em função da redução de impostos para o Mercosul;
– Verifique o rótulo. Evite comprar azeites produzidos e envasados em locais diferentes. Apenas a informação do local de envase não é suficiente para identificar a procedência do produto;
– Fique atento ao verso da embalagem. Alguns azeites são propagandeados como extravirgens na frente da embalagem e atrás, com letras pequenas, é explicado que o produto é refinado, ou seja, possui mistura de óleo.
– Evite marcas desconhecidas, principalmente com nomes pomposos, tipo “Quinta da Aldeia” Evite comprar por impulso. Pesquise a marca na internet. Procure marcas conhecidas a preço justo.
No restaurante e self-service:
– No restaurante, para a sua segurança é ideal pedir ao garçon para mostrar o azeite usado na cozinha.
No self-service e na mesa de restaurantes valem as mesmas regras da compra. Evite marcas desconhecidas, Pesquise a marca na internet. Procure marcas conhecidas.
Degustação caseira
As análises degustativas ou sensoriais, segundo a pesquisadora da APTA, são as mais eficientes na hora de identificar se um azeite é mesmo extravirgem.
Se já comprou e desconfia, faça alguns testes para identificar seus defeitos:
– Aroma: Coloque um pouco de azeite em um copo plástico. Ao cheirá-lo, verifique se sente odor de ranço (de óleo velho, manteiga estragada), aquecimento (cheiro de azeitona em conserva), acético (cheiro de vinagre) e mofo. Esses odores ou defeitos não podem ser encontrados em azeites extravirgem. Se sentir algum desses odores, mesmo que em intensidade baixa, o azeite não é mais classificado como extravirgem;
– Os azeites extravirgens possuem os odores de frutado verde como folha verde, grama recém-cortada ou de frutado maduro, como banana e maçã. Lembre-se, a azeitona é uma fruta, então quanto mais cheiro de fruta verde o azeite tiver, melhor será a qualidade;
– Sabor: deve-se colocar uma pequena quantidade do óleo na boca, rodá-lo pela boca e sentir se é amargo (percebido na lateral da língua) e picante (picadinhas sobre a língua e na garganta). Quanto mais amargo e picante for o azeite mais benefícios trará para a saúde, pois terá maior quantidade de polifenóis;
Pesquisa e e edição: Cantinho do Azeite
Foto: Ministério da agricultura
O que vcs podem me dizer a respeito do azeite Midas premium ?
Prezada Claudia
Obrigado pelo contato
Nâo temos e nunca tivemos esse produto em estoque e por isso não podemos avaliar.
Grato